domingo, 15 de maio de 2016

Desemprego aumenta em SP e trabalhadores buscam empreender para sair da crise

Trabalhadores aguardam atendimento no Pat Brás

Conhecido como maior polo econômico do hemisfério Sul e estado brasileiro mais populoso da federação, com quase 42 milhões de habitantes, São Paulo tem sido grandemente afetado pela crise econômica que o Brasil passa. Dentre esses milhões de habitantes, segundo pesquisa do DIEESE, Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, o número de pessoas desempregadas foi estimado em 1,617 milhão em fevereiro, cerca de 68 mil a mais que em janeiro. Na contramão da crise, muitas pessoas buscam formas de manter seus custos de vida enquanto não conseguem emprego, algumas opções são serviços temporários, mas o que está em alta é ser empreendedor em casa.

Procurar o PAT, Posto de Atendimento ao Trabalhador, tem sido um meio importante para os trabalhadores que buscam se recolocar no mercado. Marcelo de Lima, supervisor do PAT Brás, conta que, muitas pessoas passam pelo posto durante o dia, em média 250. Deste número, somente 30 delas vão até lá para dar entrada no seguro desemprego, e o restante estão à procura de uma oportunidade de trabalho. O serviço do PAT é fazer a mediação entre as empresas que anunciam vagas no Posto e os trabalhadores que se candidatam.

Deyse Medeiros tem 30 anos, mora no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, e sempre trabalhou no ramo de vendas. Segundo ela, a oportunidade de ganhos com comissionamento sempre foi maior, e preferia não contar somente com um salário fixo. Ela está desempregada a pouco mais de um ano, mas encontrou uma forma de gerar renda. Deyse é uma empreendedora em sua própria casa. Ela sempre gostou de cozinhar, em especial bolos e doces. Para ela “o estalo” aconteceu quando pensou em unir o dom de vender, com o dom de cozinhar, assim, investiu em material para fazer o teste, e deu certo! Hoje, ela faz bolos e doces por encomenda, e também vende para um comercio perto de sua casa, que revende os quitutes. Os lucros com o novo negócio têm ajudado com que ela mantenha seus custos de vida, e também a investir em seu talento na cozinha. Ela pretende iniciar uma graduação no curso de gastronomia.

Segundo Manfred Back, economista, a taxa de desemprego vai demorar a diminuir, se tudo der certo a partir do novo governo, em média de três a quatro anos. Dentre as taxas de desemprego, os jovens estão entre a maior parte dos desempregados. A perspectiva maior para eles está nos programas de estágios, que este ano não foram cancelados. As empresas aproveitam os programas, pela questão do custo trabalhista um pouco menor, e assim geram mais oportunidades para estes jovens que buscam se recolocar no mercado.

Para Manfred, o maior problema do desemprego fica com aqueles que já têm uma profissão. Para os que têm popança, a dica dele é aproveitar o período de desemprego para se especializar, pois quando a economia retomar, as chances de se recolocar no mercado de trabalho serão maiores. Para quem não tem poupança, a opção é o famoso “bico”, serviços temporários em shoppings ou sendo revendedor de produtos, e, outra opção é o empreendedorismo, que depende muito da pessoa e do tipo de talento que ela tem.

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